Sobre

Casa de Carinho e Amor as Diferenças

Somos especialistas em cativar em potencializar pessoas. Atuamos desde 1996 e apostamos no amor como receita para grandes evoluções.

O CEMPA – Centro Multiprofissional de Potencialização da Aprendizagem, um centro especializado no atendimento de crianças, mas não só autistas, porém todos que tiverem dificuldades de aprendizagem e transtornos de comportamento.

O CEMPA tem orgulho do início de sua história, e considera seu maior patrimônio a equipe de trabalho, que com experiência e conhecimento acumulado ao longo dos anos, busca, como diz nosso slogan, que estas pessoas e seus familiares vivam a felicidade em seu destino.

Sandra Beltrão Tavares Costa

NOSSA MISSÃO

Potencializar a aprendizagem dos nossos pacientes, a fim de promover o amor como premissa nas atividades familiares e sociais, através de todas as nossas especialidades, comprometimento, esmero e gratidão por cada vida que cuidamos.

NOSSA VISÃO

Incluir socialmente o portador de necessidades especiais, independente de sua etiologia e promover seu desenvolvimento integral, atuando no diagnóstico precoce, atendimento clínico e reabilitação, educação, qualificação profissional e assessoria jurídica, buscando uma aproximação entre o atendimento especializado ideal e o possível.

NOSSOS VALORES

Compreendemos que o amor é a bússola para a transformação de um mundo melhor. Acreditamos no carinho, na emotividade e na importância que cada ser humano possui, por isso, diariamente manteremos como alicerce de nossas atividades, buscando o aperfeiçoamento contínuo, foco na excelência e na visão positiva do futuro dos pacientes.

ECOSSISTEMA CEMPA

O CEMPA é composto por 3 espaços, são eles:

 

ATENDIMENTO SOCIOEDUCACIONAL

A Clínica possui o atendimento de ambulatório para prontidão com pacientes , tudo com muita especialidade e carinho. Temos a preocupação de estarmos sempre atentos a sua necessidade.

  • FONOAUDIOLOGAS: Jaidenysse Melo e Sandra Beltrão
  • ACUPUNTURA: Elisa Dalcastany
  • ACUPUNTURA e FISIOTERAPEUTA: Hellen Dalcastany
  • TERAPEUTA OCUPACIONAL: Iara Macedo e Ana Carla
  • FISIOTERAPEUTA: Lucimar Pires e Laís Holanda
  • PSIQUIATRA: Andressa Brasileiro
  • MUSICALIZAÇÃO: Professora Nathalia Brito
  • PSICOLOGIA: Patrícia Lemos

ATENDIMENTO PSICOEDUCACIONAL

Utilizamos o Programa Psicoeducacional que objetiva promover a adaptação de cada indivíduo de forma única e exclusiva, atendendo com excelência sua necessidade.

ONG CEMPA – SOCIAL

O CEMPA–SOCIAL é uma meta futura que tem como objetivo propiciar atendimento Psicoeducaciona no Modelo TEACCH que contempla: musicalização e atividade motora, integração sensorial a crianças e jovens carentes com transtorno do desenvolvimento como o autismo, síndrome de downe paralisia cerebral .

METODOLOGIAS DE INTERVENÇÃO

ATENDIMENTO SOCIOEDUCACIONAL

A qualificação profissional será realizada com treinamento, capacitação e oportunidades. Com início aos 14 anos, com a promoção de oficinas com durações prefixadas, onde serão avaliadas as aptidões profissionais de cada adolescente, capacidade cognitiva e instrumental.
Será realizada uma pesquisa para identificação e mapeamento de postos de trabalho na cidade de Petrolina e região, com o auxílio do SENAI e SENAC.

ATENDIMENTO PSICOEDUCACIONAL

TEACCH – TREATMENT AND EDUCATION OF AUTISTIC AND COMUNICATION HANDICAPPED CHILDREN
Ensino estruturado para quem tem uma forma diferente de aprender.
O TEACCH por que….
 Respeita e se adequa às características de cada criança;
 Centra-se nas áreas fortes encontradas no autismo;
 Adaptado à funcionalidade e necessidades de cada criança;
 Diminui as dificuldades na linguagem expressiva;
 Aumenta a possibilidade de comunicação;
 Permite diversidades de contextos.

O autismo afeta muito mais que a inteligência, ele promove desordens que levarão a dificuldades na adaptação ao ambiente. O papel do TEACCH não é de curar o autismo, mas ensinar a controlar, substituir, aprender, eliminar, engajar e funcionar. Segundo Scoot,Clark e Blod, 2000 a abordagem mais recomendada para o ensino de crianças com autismo ou deficientes intelectuais é aquela que se utiliza de apoio visual. Estes indivíduos demonstram mais aptidão para o pensamento concreto, uso de rotas de memória e compreensão das relações espaciais e dificuldades no raciocínio simbólico, comunicação e atenção.

Suas bases teóricas são Comportamental e Psicolinguística. A valorização das descrições das condutas, a utilização de programas passo a passo e o uso de reforçadores, evidenciam as características comportamentais. Por outro lado, foi na psicolinguística que buscou as estratégias para compensar os déficits comunicativos desta Síndrome, como a utilização de recursos visuais, proporcionando interação entre pensamento e linguagem para ampliar as capacidades de compreensão, onde a imagem visual é a geradora de comunicação.

Segundo Schopler, são quatro os componentes do ensino estruturado: estrutura física, informação visual, plano de trabalho individualizado e pistas facilitadoras do desenvolvimento.

Baseado no ensino estruturado, o TEACCH é uma intervenção psicoeducacional que envolve estratégias comportamentais, uso de apoio e prompts visuais, comunicação alternativa e aumentativa, integração sensorial e estímulos discriminativos consistentes. Sendo assim, o TEACCH usa figuras, objetos, fotos, sinalização, sequências e pistas escritas que auxiliam no aprendizado, comunicação e autocontrole.

É IMPORTANTE NÃO ESQUECER QUE… …QUANTO MAIS ESTRUTURADO E ORGANIZADO FOR O AMBIENTE DE UMA CRIANÇA COM AUTISMO, MAIOR A PREVISIBILIDADE… …QUANTO MAIOR A PREVISIBILIDADE, MENOR A ANSIEDADE, MAIOR A MOTIVAÇÃO, MAIOR O SUCESSO. PEI – PROGRAMA DE ENRIQUECIMENTO INSTRUMENTAL.

Reuven Feuerstein criou a teoria da Experiência de Aprendizagem Mediada (EAM), que estabelece o mediador humano (terapeuta) como facilitador para trabalhar os processos cognitivos do mediado (paciente).
O Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI), desenvolvido em 1980 com base nesta teoria, é considerado um dos programas mais inovadores e promissores no contexto da reabilitação, utilizado para modificar e majorar a estrutura cognitiva do indivíduo e transformá-lo em um pensador autônomo e independente.

Fundamentada nos conceitos da psicologia cognitiva, da neuropsicologia, do processamento de informação e das abordagens contextuais do desenvolvimento cognitivo, a teoria visa a intervenção junto ao indivíduo, pela mediação, promovendo a modificabilidade cognitiva através do desenvolvimento dos processos cognitivos tais como atenção, memória, percepção, linguagem, praxias e funções executivas.
Programa de Enriquecimento Instrumental foi criado para potencializar a estimulação das funções cognitivas deficientes, suscitar motivação intrínseca através da mudança de hábitos, desenvolver o pensamento reflexivo e motivação para mudanças.

O PEI tem como objetivo geral aumentar a capacidade do organismo humano de ser modificado, através da exposição direta aos estímulos e da experiência, a fim de prepará-lo para a aprendizagem autônoma nas diferentes situações da vida. Tem como objetivos específicos corrigir funções cognitivas deficientes; aquisição de conceitos de vocabulário, operações mentais e projeção de relações; desenvolver motivação intrínseca e pensamento reflexivo; processos de insight, onde o indivíduo se conscientize de seu processo de modificação; desenvolver e fomentar a autopercepção do indivíduo; obter mudanças de atitude e desenvolver uma conduta cognitiva autônoma (TÉBAR, 2011).

 

PANLEXIA

Panlexia – todos letrados.
Quando a criança inicia o processo de leitura e escrita, podem ocorrer algumas falhas na associação de letras e sons, na compreensão das palavras e de textos e mesmo sendo inteligente e sem apresentar deficiências neurológicas, porém, poderá apresentar uma dificuldade específica de leitura ou Dislexia.

O Método Panlexia é o primeiro método construído segundo as características fonema x grafema do idioma português falado e escrito no Brasil. É um método de orientação diagnóstica e um programa abrangente de assistência pedagógica a pessoas com Dificuldades Específicas de Linguagem. É o resultado de longos anos de pesquisas e experiências compartilhadas por diferentes fontes de informação.

Dentre as primeiras influências que alicerçaram a construção progressiva do Método Panlexia, destaca-se o trabalho de um professor de linguística da Yale University, Leonard Bloomfield, cujo filho era disléxico. Bloomfield formulou o conceito que “seria melhor ensinar leitura a estudantes disléxicos, primeiramente, através da introdução de elementos consistentes do idioma escrito e só então, depois de estabelecidas essas conexões, ir acrescentando, aos poucos, os padrões menos comuns de soletração”. Essa forma de abordagem pedagógica foi chamada de “Linguística Estruturada”. Desde então (1933), muitos pesquisadores vêm investigando os inúmeros aspectos da Dislexia, e diferentes programas remediativos de ensino têm sido publicados nos Estados Unidos.

Já na década de 1960, o Dr. Jesse Grimes, da Harvard University, foi convidado pela rede pública de ensino da cidade de Newton, estado de Massachusetts, EUA, para investigar qual seria o melhor dos três métodos de iniciação à leitura utilizada em programa de ensino de leitura: fonético, viso/global, linguístico estruturado. A avaliação dos resultados da pesquisa deixou claro que a Leitura Linguística Estruturada obteve os melhores resultados em todas as categorias. As técnicas pedagógicas com base em ensino terapêutico em linguística estruturada, em que está alicerçado o Método Panlexia, tiveram comprovada sua eficiência para ensinar o disléxico, mais uma vez, em importante trabalho de pesquisa desenvolvido pela Dra. Sally Shaywitz e sua equipe da Yale University.

Pamela Kvilekval, educadora especializada em Dificuldades de Aprendizado, fez parte do primeiro grupo de profissionais treinados diretamente pelo Dr. Grimes para desenvolver o programa de ensino diferencial para alunos com Dificuldades de Aprendizado da rede pública de Newton, em 1968. Após dois anos como assistente do Dr. Grimes e supervisora do Curso de Instrução Terapêutica ministrado por ele, assistindo a mais de 200 disléxicos durante o ano escolar e em programas especiais de verão, Pamela foi nomeada dirigente do Programa de Dificuldades de Aprendizado das Escolas Públicas de Andover, no estado de Massachusetts, EUA.

Visto que na Itália não existia, ainda, programas pedagógicos especializados em Dislexia, muitos médicos e psiquiatras italianos encaminhavam crianças disléxicas para serem assistidas pela equipe de Pamela. Por essa razão, ela acabou se impondo um verdadeiro desafio: traduzir e construir seu programa de ensino dentro da base estrutural fonética do idioma italiano. No início, teve que estabelecer a estrutura linguística fonema x grafema do idioma o que foi mais simples de ser feito do que estruturar o Programa em sua língua materna: o inglês. Isso por que a língua italiana é pronunciada quase que exatamente da mesma forma como é escrita. Nos últimos anos, Pamela Kvilekval foi eleita para o Conselho Diretor da Associazione Italiana Dislessia.

O Método Panlexia foi introduzido no Brasil em Curitiba, Paraná, no ano de 2004, através de dois eventos patrocinados pelo Centro de Neuropediatria do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, pela Secretaria Municipal da Educação de Curitiba e pela Associação Brasileira de Apoio ao Disléxico, de Curitiba.Com permissão dos autores, Pamela também estruturou uma nova versão do Preschool Screening System, publicado em língua portuguesa sob o titulo “Sistema de Avaliação Precoce – o PSS” pela própria autora, em parceria com o Centro de Neuropediatria do Hospital de Clinicas da Universidade Federal do Paraná. Esse instrumento de avaliação está sendo validado e normatizado através de duas pesquisas de mestrado e uma pesquisa de doutorado.

Petrolina tem hoje profissionais que são pioneiros no nordeste no uso da PANLEXIA, além de permissão do Instituto IPK – Curitiba, para ministrar Preschool Screening System, versão em português “Sistema de Avaliação Precoce – o PSS”.Este grupo também apresentou dois trabalhos no III Simpósio Internacional de Psicopedagogia SP – 2013, com o tema “A Panlexia como recurso na reabilitação pedagógico na deficiência intelectual: estudo de caso” e “A Panlexia como recurso na reabilitação pedagógico na dislexia: estudo de caso”.

 

O PRESCHOOL SCREENING SYSTEM – SISTEMA DE TRIAGEM PRÉ-ESCOLAR (PSS).

Nos últimos anos, muitos estudos vêm demonstrando a importância de uma intervenção direcionada e precoce nos transtornos de aprendizagem, já que os índices de frequência aumentaram. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, no Brasil 60% das crianças menores de seis anos não são estimuladas adequadamente. Justamente em uma fase extremamente significativa no que se refere ao desenvolvimento cerebral.

É imperativa a criação de instrumentos apropriados para avaliar o desenvolvimento maturacional das crianças consideradas “normais”, bem como a identificação precoce de sinais clínicos de atraso e dificuldades nas crianças que frequentam a creche e Educação Infantil.

O Preschool Screening System – Sistema de Triagem Pré-escolar (PSS), da Professora Pamela Kvilekval permite a avaliação das principais áreas cognitivas responsáveis pela aprendizagem: motricidade, linguagem e funções visuais. Crianças que, se integradas também precocemente em adequado programa pedagógico preventivo, em sua grande maioria poderão vir a superar completamente suas dificuldades.

 

LIVOX – SISTEMA DE COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AUMENTATIVA

O Livox é um software, que fornece uma solução para comunicação de pessoas que tem dificuldades na comunicação, promovendo a comunicação aumentativa (para aqueles que têm alguma dificuldade) ou alternativa (para aqueles que não falam). O Programa fornece conversão de texto em voz com sons naturais, milhares de símbolos, personalização e facilmente utilizado em tablets Android.

 

PECS – PICTURE EXCHANGE COMMUNICATION SYSTEM – SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR FIGURAS

Em 1985, dois norte-americanos, da empresa Pyramid, Andy Bond e Lori Frost, criaram o Picture Exchange Communication System (pecs.com), mais conhecido como PECS, que é um sistema de comunicação por troca de figura. O modelo promove a comunicação aumentativa (para aqueles que têm alguma dificuldade) ou alternativa (para aqueles que não falam).

O PECS ensina o indivíduo a dar uma figura de um item desejado para um parceiro de comunicação. O sistema é dividido em seis fases, com objetivos cada vez mais desafiadores à medida que se passa de uma para outra. Nas fases mais avançadas, os indivíduos são ensinados a responder a perguntas e fazer comentários.

Temos estudos controlados que apoiam o uso do PECS em muitos estados nos Estados Unidos, América do Sul e Canadá, desde crianças pequenas e adultos, e em crianças com autismo e outras incapacidades severas de comunicação.

AMA +

Muitos anos de estudos foram necessários para que a origem neurobiológica do autismo fosse aceita, e finalmente as mães ficarem “livres” deste estigma, estas não seriam as causadoras do autismo de seus filhos.

É imperativo compreender como é difícil para os familiares receberem o diagnóstico de ESPECTRO AUTISTA. Na maioria das vezes, seu filho nasceu como qualquer criança, fisicamente perfeito, podendo até ter comportamentos diferentes ao nascer, mas que não chamam a atenção. Porque, qual recém-nascido não chora, fica irritado, tem problemas com a amamentação ou sono; quantas crianças apresentam atraso no desenvolvimento da fala. Apesar da divulgação do Autismo, os pais são quase sempre “pegos de surpresa”, “Espectro do autismo” palavras assustadoras. A busca por informações levam muitos a internet e a diversos tipos de profissionais, alguns coerentes e outros nem tanto, aumenta a ansiedade, e as dúvidas de qual caminho seguir. Associado a isso, vem o sentimento de frustração, luto pelo filho idealizado, o que fazer com esta nova realidade?

Grupos de pais são de grande ajuda, é importante que eles saibam que não estão sozinhos, é preciso dividir os medos, ansiedades, é necessário também aprender sobre as necessidades desta criança, seu filho. Seus irmãos também sofrem, por serem preteridos, responsáveis por ajudar, pela obrigação de fazer sempre o certo, assim toda a família sofre.

A luta é fácil?
Não.
Possível?
Sim.
Não há milagres, mas muito trabalho e dedicação de todos que estão envolvidos nesta história, que é única para cada criança.

 

INTEGRAÇÃO SENSORIAL E DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Inicialmente é relevante considerar que o bebê não nasce com estratégias e conhecimento prontos para perceber as complexidades dos estímulos ambientais. Essa habilidade se desenvolve com a idade e com a experiência, principalmente a social na interação com o outro (Stern, 1992; Hobson, 2004). A interação do bebê com seu ambiente imediato logo se torna uma fonte de conhecimento, no qual a percepção é o processo pelo qual segundo Gibson (1969), obtém informação sobre o mundo, ou seja, é a habilidade de se extrair informação da estimulação.

A percepção depende do aprendizado e da maturação da pessoa e por isso possui a visão e audição, por exemplo, que significa simplesmente apresentar a habilidade de receber sons e imagens, o que não significa compreender esses estímulos. Somente com o tempo e através da interação com o mundo o ser humano aprende a ver e a escutar com sentido, ou seja, prende a usar seus órgãos sensoriais e a atribuir significado às sensações.

Segundo Ayres (2005), o cérebro organiza as sensações assim como um guarda de trânsito coordenada os carros para que o trânsito possa fluir. A autora também faz uma analogia com o processo de digestão do corpo. Sendo assim, vale compreender que o corpo precisa de comida para se alimentar, e mais ainda, precisa que o alimento seja digerido, assim são as sensações, elas são como alimentos para o cérebro, porém sem um processamento sensorial adequado não podem ser digeridas e alimentá-lo.

Segundo AYRES (2005), a Integração Sensorial é o processo pela qual o cérebro organiza as informações, de modo a dar uma resposta adaptativa adequada, organizando assim, as sensações do próprio corpo e do ambiente de forma a ser possível o uso eficiente do mesmo no ambiente. O método visa a quantidade e a qualidade de estímulos proporcionados ao sujeito, para que busque um equilíbrio modulado, dando assim, uma resposta que esteja de acordo com suas capacidades e com o meio, melhorando o desempenho de uma criança, em seu processo de aprendizagem.

A partir disso, Ayres (1995), define a integração sensorial como a habilidade inata em organizar, interpretar sensações e responder apropriadamente ao ambiente, de modo a auxiliar o ser humano no uso funcional, nas atividades e ocupações desempenhadas no dia-a-dia. (Ayres apud OLIVEIRA, 2009).

Dessa forma, a integração sensorial se inicia na vida intra-uterina e se desenvolve devido à interação com o ambiente, por meio de respostas adaptativas. O sistema nervoso (SN) é o órgão responsável pela integração das diversas sensações recebidas. O processo pelo qual o sistema nervoso central (SNC) localiza, classifica e organiza os impulsos sensoriais e transforma as sensações em percepção para que o homem possa interagir com o meio é denominada integração sensorial. (AYRES apud LORENZINI, 2002, p.6).
O sistema nervoso organiza as informações visuais, auditivas, táteis, olfativas e gustativas bem como informações sobre gravidade e movimento, e consequentemente as organiza em um plano de ação. Quando é feita de maneira harmoniosa, a aprendizagem se dá naturalmente.

Nesse sentido, o desenvolvimento infantil e a integração sensorial agem de modo  integrados, que segundoAyres (2005), explica que a criança desenvolve a capacidade de organizar inputs sensoriais inicialmente experimentando sensações, porém sendo incapaz de dar significado a elas. Inputs sensoriais referem-se às funções receptivas: à capacidade para selecionar, adquirir, classificar e integrar as informações, isto é: a sensação, percepção, atenção e concentração (EDMANS, 2004).
Dessa forma, a integração sensorial oferece oportunidades para a criança organizar a sua conduta, fornece condições para explorar suas necessidades e fazendo com que o sistema nervoso organize os estímulos, produzindo com isso respostas adaptativas adequadas exigidas pelo ambiente, uma vez que as sensações devem ser proporcionadas de forma agradável gerando prazer. Quando isso acontece de forma adequada, ocorre o processo chamado de Integração ou Processamento Sensorial com o objetivo de promover o desenvolvimento do ser humano.

Após a abordagem citada anteriormente referente que a integração sensorial se baseia nos estímulos proprioceptivos adquiridos e a atuação da Terapia Ocupacional, que de acordo com Takatori (2001), a Terapia Ocupacional tem como instrumento de suas ações as atividades, na qual estas estão presentes no cotidiano das pessoas e acredita-se que através do fazer, com intermédio das experiências, é que se pode trilhar um caminho com o paciente em direção à construção de um cotidiano.

E segundo Sabari (2005) os terapeutas ocupacionais são especialistas em atividade. Independentemente do diagnóstico ou do ambiente terapêutico, a melhora no desempenho de atividades é uma meta final na intervenção da terapia ocupacional. Para Pierce (2003) a atividade não é vivenciada por uma pessoa específica, é compartilhada culturalmente como o brincar, que por sua vez pode acomodar todos os tipos de pessoas e contextos, logo brincar é uma atividade. Pode-se dizer que a Terapia Ocupacional poderá intervir de forma a favorecer a recepção, o processamento e a resposta adaptativa ao meio, através da integração de informações sensoriais que serão proporcionadas diante dos estímulos ofertados em um parque infantil.

Sendo assim, é evidente a intervenção através da integração sensorial no avanço do processo de reabilitação e na prática da Terapia Ocupacional no desenvolvimento infantil em prol da autonomia da criança.

Graziele Aparecida Durão – Terapeuta Ocupacionl (SÃO MIGUEL DO OESTE-SC), Aluna do Curso de Pós-graduação em Neurologia com ênfase em Neuropediatria do Instituto Brasileiro de Therapias e Ensino – IBRATE